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maio 7, 2008

CQC Custe o que Custar. Será que “Pega”?

Acabo de avistar um possível ensaio de uma nova “Febre” na TV brasileira, tratasse do CQC (Custe o que Custar).

CQC - Custe o que Custar

Apesar da massiva exploração do caso Isabela e da rápida coqueluche que foi o caso do Ronaldo com os travestis, que ainda perdura nos telejornais, o CQC vem – desde sua estréia em 17.3.2008 – ocupando seu espaço nas noites de segunda-feira e se espalhando nas rodas de amigos e na internet, principalmente no YouTube.

A atração importada da TV argentina tem formato parecido com o “Pânico na TV”, da Rede TV! e o “Casseta & Planeta Urgente”, da TV Globo, contudo o conteúdo, os apresentadores, os personagens e as reportagens são um tanto diferentes. Ainda não vi apelo sexual, por exemplo, mas as “tiradas” nos artistas são parecidas com as que são feitas pelo Pânico. No entanto, eles tratam tudo de maneira mais “crítica”.

Os apresentadores Marcelo Tas, Marco Luque e Rafinha Bastos ficam na bancada para comentar os principais assuntos do noticiário nacional e internacional. Os repórteres Danilo Gentili, Rafael Cortez, Oscar Filho e Felipe Andreoli vão às ruas atrás de informações.

Se defendendo ou atacando a concorrência Rafinha diz o seguinte: “O CQC é um jornalístico com humor que faz o balanço da semana. É uma revista semanal que aborda diversos assuntos, que pretende fazer a cobertura bem-humorada de eventos e inaugurações. Quem inventou, não sabe que o Pânico existe. O visual, com o terno, é parecido, mas um programa não tem nada a ver com o outro. A gente vai entrevistar o (governador José) Serra para perguntar sobre política e não para beijar a careca dele. Fazer isso é muito pouco”. Tas completa: “Eu vejo o CQC como algo original, mas é claro que existe a tentação de colocar o programa em uma das caixinhas já conhecidas, como Pânico, Borat (personagem de Sacha Baron Cohen), (o cineasta) Michael Moore. Mas logo o telespectador vai deixar isso de lado”.

Vários “sítios” na internet estão, injustamente, fazendo comparações do CQC com outros programas e evidentemente quem quer pegar “rabeira” nessa história propaga suposta rivalidade.

Já vi comparações com o Pânico na TV!, com o Programa do Tom Cavalcante e outras atrações, mas acredito não ser esse o caso. CQC ainda é novo e pode, por uma série de motivos e interesses, decair em seu conteúdo ou mudá-lo como aconteceu com outros programas. contudo ainda é cedo para afirmar qualquer coisa.

Deixo algumas perguntas…

Será que a nossa sociedade, “digo”, os atuais telespectadores estão inclinados (e preparados) para esse tipo de atração?

Será que nos acostumamos a programas que apenas apelam?

Será que o CQC perderá sua atitude e se rebaixará aos moldes do que é vendável hoje?

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