Senso (in)Comum (…)

março 5, 2009

Senso Comum… Sem Ele Como Seria?

Filed under: Ótica,Fragmento — Netto @ 5:37 am
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Como seria viver sem o senso comum?

Já pensou nisso?
Eu sim e considero, dentro dessas minhas reflexões, que seríamos pessoas um tanto mais sinceras e puras.

Senso Comum
Sem o senso comum deixaríamos de ser conduzidos pelas idéias pré-fabricadas, deixaríamos de ganhar de presente as respostas do achismos que não foram provadas por nenhum outro meio a não ser o “só sei que é assim”.

Sem o senso comum seriamos obrigados a buscar a construção e a construir nossas próprias convicções, nossas próprias idéias, nossos próprios valores, nossa própria posição ante a tudo e assim, cada um sendo tão singular, conseguiríamos nos exprimir e nos diferenciar com muito mais nitidez. Contudo as críticas tenderiam a ser mais freqüentes e mais assertivas visto que essa capacidade é nativa dos seres humanos e acabaria por ser estimulada por essa nova natureza (sem o senso comum).

Sem o senso comum essa nossa maneira de viver morreria. Nada seria igual ao que é como vemos. Considero essa hipótese com tanta força por que o ser humano de maneira geral e histórica tem a tendência de simplificar o que está ao seu redor. Embora essa seja uma das tarefas do senso comum – simplificação das coisas – ela acaba por se instalar em vários outros campos da nossa existência como vemos no desenrolar da tecnologia que a cada dia avança mais e mais para o desenvolvimento do ser. Só que sem o senso comum deixaríamos de simplificar a essência do que está lá fora, por exemplo, saber quando iria chover não passaria apenas por olhar para o céu e reparar nas nuvens (se estavam escuras ou não), passaria sim, por estudar a atmosfera, os gases presentes nela e tudo o que existe antes deste fenômeno tão habitual.

Senso Comum
Conclusão, sem o senso comum passaríamos a ir além do observável, do tangível e iríamos “olhar além do muro”.

junho 10, 2008

Peça… Dia dos Namorados da C&A

Filed under: Divulgação — Netto @ 6:34 am
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Vem aí, mais uma vez, mais uma data extremamente importante, relevante e que não podemos deixar passar em “branco”. As meninas que o digam, não é!?

Aproveitando a data e entrando na onda mais “sensual” do senso a C&A lança a campanha “Papai-mamãe não!!!”

Nas peças tem enfermeira, marombada, psicóloga, astróloga… bom, tudo bem sensual, tendendo ao erótico, nos remetendo, sempre, as fantasias que já estão embutidas e já nos acostumamos a ter e a perceber… não é isso!?

Não é necessário nenhuma opinião, até mesmo porque, peças de moda parecem não fugir do mesmo estilo.

Mas o que vi no decorrer dos filmes me remeteu mais para uma gaiola das loucas do que a sensualidade proposta no início dos filmes.

Bom, essa campanha é mais um claro apelo, e não preciso dizer sobre o quê. Espero ainda, um dia quem sabe, mais criatividade.

Nota: A campanha que tratamos aqui acabou por não ser lançada.

maio 21, 2008

As Mulheres-Fruta Estão Invadindo o Mercado

Filed under: Ótica,Humor — Netto @ 6:24 am
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Depois de várias ondas como a da “Tiazinha”, a da “Feiticeira’, a da “Lacraia”… ops essa não.

Estamos entrando na era da “Mulher Fruta”! Igual àqueles astrólogos que entram nas eras dos planetas.

Mulher Melancia e Mulher Jaca

Digo isso pois, sem querer, esbarrei na fruta do momento que dança, mexe, sacode e faz essas coisas todas que já nos acostumas a ver…

Trata-se da MULHER JACA

Mulher Jaca

Ela é a fruta da época, ou melhor do momento, pois a “Mulher Melancia” está entrando na entressafra. Ninguém à acha mais em lugar nenhum.

Essa fruta dá no “Pé-do-Funk” e não no “Pé-do-Axé” como a maioria das dançarinas.

Para evitar praga e para deixar a fruta mais viçosa ela foi “infertilizada” com lipoaspiração, adubada com silicone de 235 ml e pulverizada nos cabelos com megahair, além de tingi-los em tom aloirado. Compare o “antes e depois” na foto a baixo:

É, essa estação promete e você já escolheu sua fruta?

Não!?

Parece que o jogador Ronaldo, em seu ultimo episódio, fez a sua escolha e levou para degustar duas frutas que não sei bem o nome, acho que foi a “Mulher Banana” ou a “Mulher Mandioca” ou a do “Pepino” ou a do “xuxu”… bom, sei lá… e deixa pra lá.

O importante é saber que os adjetivos estão mudando o senso não.

Mas e você já escolheu sua fruta?

maio 4, 2008

De Qual Violência Você Tem Medo?

Filed under: Ótica,Cotidiano — Netto @ 8:32 am
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Recentemente o instituto Dadatafolha divulgou uma pesquisa realizada sobre os maiores medos dos habitantes de São Paulo e a violência vem disparada em primeiro lugar. Os resultados ainda foram cruzados com uma pesquisa semelhante realizada em 1983, e de lá para cá o horror da violência substitui o alto custo de vida, medo constatado na década de ‘80, pelo período de recessão onde a inflação atingiu passava de 160%.

Violência

A antropóloga Alba Zaluar, especialista em pesquisas sobre violência, cita que um dos fatores é uma atual epidemia de crack, droga que se difundiu na década de ’90. O consumo desse entorpecente, que deriva da cocaína, aproxima os viciados para muito perto do traficante e a criminalidade.

Ainda, segundo a pesquisa, o medo da morte vem logo em seguida, ocupando o segundo lugar, Alba Zalur afirma que esse medo nada mais é do que um dos efeitos da violência.

Em contra partida foram cruzados alguns dados e foi constatado que em 1984 os paulistanos relataram ser mais assaltados do que relatam hoje, apesar de o medo da violência ser muito maior agora.

Violência

Eduardo Marandola Jr., geógrafo e pesquisador do Núcleo de Estudos de População da Unicamp afirma o seguinte “Isso aponta para a importância da comunicação do risco e da própria circulação das imagens da violência -não são responsabilidade só da mídia, mas fruto também do “diz-que-diz” da cidade, das pesquisas acadêmicas, entidades- na produção do medo”

Outra afirmação de Marandola, diz que não podemos ignorar a indústria da violência, que é aquela que propaga o medo para vender segurança, fazendo a população crer que está desprotegida e indefesa gerando assim um novo paradoxo: “quanto mais se busca segurança, maior é o abismo que nos separa dela. Pois quando a violência se consuma, mesmo quando nos julgamos protegidos, para onde vamos correr?”.

O demógrafo José Eustáquio Diniz Alves, professor da Escola Nacional de Ciências Estatísticas do IBGE conclui o seguinte:

“Se o país está melhor para se viver, mas ao mesmo tempo está mais violento, aumenta o medo de morrer. É assim: o Brasil (e São Paulo em particular) tem se tornado melhor, mas a violência tem ameaçado. As pessoas estão mais otimistas e ao mesmo tempo receosas de perder o futuro mais promissor.”

Violência

Partindo da premissa acima, onde o conjunto de informações que chegam até nós já são conclusivos, sugiro que façamos uso de todos os canais de informações possíveis para depois formar uma opinião, pois como já foi citado, os paulistanos em 1984 eram mais assaltados que hoje.

Antes de fechar faço a seguinte pergunta. Quantas vezes você sofreu algum tipo de violência? Uma, duas, nenhuma?

Talvez a mídia nos force a ter mais certezas indutivas do que possamos analisar, formando assim a cabeça de quem não procura por mais respostas.

Qual mundo é mais bonito, o das novelas, o dos jornais e telejornais enfim o da TV ou a sua verdadeira realidade?

Tome cuidado! Olhe além e forme você o seu medo. Pelo menos ele será seu.

Veja a reportagem completa no jornal Folha de S. Paulo deste domingo ou clique aqui e acesse o site Folhaonline e tenha acesso a um resumo da notícia.

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