Como seria viver sem o senso comum?
Já pensou nisso?
Eu sim e considero, dentro dessas minhas reflexões, que seríamos pessoas um tanto mais sinceras e puras.
Sem o senso comum deixaríamos de ser conduzidos pelas idéias pré-fabricadas, deixaríamos de ganhar de presente as respostas do achismos que não foram provadas por nenhum outro meio a não ser o “só sei que é assim”.
Sem o senso comum seriamos obrigados a buscar a construção e a construir nossas próprias convicções, nossas próprias idéias, nossos próprios valores, nossa própria posição ante a tudo e assim, cada um sendo tão singular, conseguiríamos nos exprimir e nos diferenciar com muito mais nitidez. Contudo as críticas tenderiam a ser mais freqüentes e mais assertivas visto que essa capacidade é nativa dos seres humanos e acabaria por ser estimulada por essa nova natureza (sem o senso comum).
Sem o senso comum essa nossa maneira de viver morreria. Nada seria igual ao que é como vemos. Considero essa hipótese com tanta força por que o ser humano de maneira geral e histórica tem a tendência de simplificar o que está ao seu redor. Embora essa seja uma das tarefas do senso comum – simplificação das coisas – ela acaba por se instalar em vários outros campos da nossa existência como vemos no desenrolar da tecnologia que a cada dia avança mais e mais para o desenvolvimento do ser. Só que sem o senso comum deixaríamos de simplificar a essência do que está lá fora, por exemplo, saber quando iria chover não passaria apenas por olhar para o céu e reparar nas nuvens (se estavam escuras ou não), passaria sim, por estudar a atmosfera, os gases presentes nela e tudo o que existe antes deste fenômeno tão habitual.
Conclusão, sem o senso comum passaríamos a ir além do observável, do tangível e iríamos “olhar além do muro”.