Como de costume por volta da meia noite fui ao Pão de Açúcar da avenida Angelica fazer as compras para o café da galera onde trabalho. Um dia normal.
Sei que o bairro é meio chique e já cruzei com várias personalidades anteriormente, mas dessa vez achei um tanto engraçado, confesso.
Uma colega de trabalho, que estava comigo, disse animada
– Você viu quem tá no mercado?
Eu pensei imediatamente que fosse o Otávio Mesquita e não sei dizer o por que. Olhei para ela e dei de ombros, ela então completou
– A Pitty!
“E daí” pensei e continuei pensando, olhando aquela mulher que parecia, naquele momento, uma adolescente animada. Não quis estragar aquela cena e lacei suavemente “vamos continuar fazendo as compras, vai”. E continuamos, ela animada varria o mercado com os olhos e eu só era mais cliente.
Não sei bem o que dizer, mas a Pitty, uma das novas estrelas do Rock nacional – se é que posso dizer isso – passou por mim diversas vezes e me pareceu apenas mais uma pessoa que precisava fazer suas compras por ali. Ela olhava os preços, parecia pesquisar e bom, foi no máximo isso que percebi.
Notei também suas tatuagens, seus brincos e tudo que se há de ver em uma pessoa num âmbito normal de visualização. Só isso.
Ela, para mim, é tão intangível quanto qualquer outro artista e confesso que gosto de poucos sons que ela faz, nada mais.
Tenho certeza que nada mudaria se eu tivesse, como muitos gostariam de fazer, parado ela, tirado uma foto, puxado conversa ou sei lá… atrapalhado sua noite de compras em um supermercado onde ela parecia querer ter a sua privacidade preservada e ser uma pessoa normal.
Fica aqui apenas o relato. Eu cruzei com a Pitty
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